E os R$ 4 milhões?

É difícil a vida de arrecadador de dinheiro para os partidos. O ministro Eliseu Padilha conta em entrevista ao Globo deste domingo que o homem do Jaburu de fato pediu dinheiro à Odebrecht para a campanha do PMDB em 2014, como denunciou um delator da empresa, o executivo Claudio Melo Filho.
O encontro com Marcelo Odebrecht aconteceu em maio em jantar no Jaburu. Padilha participou. Diz Padilha que o dinheiro (teriam sido R$ 6 milhões, segundo o delator) foi registrado e declarado legalmente ao TSE.
Só que Padilha não diz onde teriam ido parar outros R$ 4 milhões que o delator da Odebrecht diz ter repassado depois a ele, Padilha, por orientação de Marcelo e por acordo com o homem do Jaburu. Padilha não sabe de nada.
Este é sempre o mistério das doações não contabilizadas. O arrecadador nem sempre acusa o recebimento, porque diz que não recebeu nada. Quem vai provar que recebeu?
É uma situação ruim para quem opera com os doadores e para dirigentes e candidatos do partido, que ficam à espera de um dinheiro que não aparece.
Nesse caso, o delator pode ter se enganado.

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