Moro recua. Será?

Não se ouviu uma única voz de jurista, uma só, em defesa da decisão de Sergio Moro de que Lula deveria estar presente em todas as audiências com suas testemunhas em um dos processos da Lava-Jato.

Hoje, Moro recuou. Não porque tenha decidido ser cordial, mas porque foi bombardeado por nomes de peso do Direito. O juiz não tinha tinha sido apenas autoritário, como muitos observaram. Havia cometido uma barbeiragem grosseira ao tentar criar lei.

Lula poderia, em resposta, não comparecer às audiências e deixar Moro numa situação ridícula.

Hoje, o juiz avisou que recua da sua decisão, se os advogados de Lula também reduzirem o número de testemunhas (eram 87, o que ele considera muito). É uma tentativa de saída honrosa. Eu vou ceder um pouco e vocês também recuam.

Até eu sei que não cabe a um juiz partir para a revanche diante de atitudes que considera protelatórias.

Os defensores de Moro desejam que Lula jogue o jogo limpo num cenário já enlameado pelas mais variadas imundícies.

Lula deveria ser um Gandhi diante de um juiz que submete seus réus a deliberações estranhas e a crueldades (como as prisões preventivas intermináveis, à espera das delações).

Não sou eu quem diz, mas juristas que comentam, aos montes, os métodos medievais do magistrado de Curitiba. Eu sou apenas um papagaio deles.

Não sou eu quem diz, mas juristas que comentam, aos montes, os métodos medievais do magistrado de Curitiba. Eu sou apenas um papagaio de democratas.

Alguns preferem grasnar tucanamente como o pato da Fiesp. Eu prefiro ser papagaio.

Mas não precisa ser jurista para saber que Moro pode estar cometendo um erro fatal em qualquer área: o de achar, por ouvir apenas a sua torcida, que está ganhando sempre.

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