A ameaça dos procuradores
Faz pensar a lição de falta de persistência que os procuradores da República deram ao país, e que foi divulgada com destaque no Jornal Nacional, ao dizerem que abandonarão a Lava-Jato se o pacote que encaminharam ao Congresso não for aprovado.
Procuradores da Lava-Jato e outros integrantes do Ministério Público terão cinco processos contra Lula para ajudar a Justiça a tocar adiante. Lula já é réu em três.
Mas não há nenhum processo contra tucanos. Por isso os procuradores da Lava-Jato devem corresponder às expectativas que criaram.
O país que paga seus salários deve ser contemplado com mais compromissos republicanos (e o primeiro seria o de pegar também os tucanos corruptos), e não com ameaças.
Os procuradores devem ficar até o fim. E ficar até o fim significa pegar todos os corruptos que roubaram na Petrobras, desde a época em que Pedro Barusco, o famoso ladrão avulso, era o operador da propina nos governos tucanos.
Esse deve ser o compromisso do MP. É estranho que um grupo de servidores convoque uma entrevista para dizer que se autodetermina. Vamos imaginar o que seria do país se funcionários subalternos do MP, da Justiça ou de qualquer outra área do setor público passassem a ameaçar e a deliberar sobre o que fazem e o que acham que não devem fazer.
O chefe dos procuradores, o senhor Rodrigo Janot, criador da força-tarefa, deve chamá-los e impor seu comando: vocês ficarão até o fim, não em nome da hierarquia, mas do interesse da instituição. Que o chefe dê a ordem. E pronto.
apesar de minha simpatia e apoio ao judiciario, no que concerne este movimento do legislativo no sentido de reduzir sua acao sobre os corruptos da camara e senado, concordo que a posicao de renuncia e irregular e oportunista.
se querem renunciar, sejam homens e demitan-se.