A barbárie e o jornalismo frouxo

É burocrática, desleixada, sustentada apenas pelas informações do delegado, a cobertura do assassinato de um casal e um filho por um sujeito armado na zona sul de Porto Alegre (e por causa de uma briga de trânsito!!!).
Os chamados grandes jornais desmontaram suas equipes e sobrevivem nos fins de semana com plantões heroicos. As reportagens publicadas sobre o caso são precárias.
Hoje, era o dia de se saber como um cara, sem histórico policial, anda armado pelas ruas de Porto Alegre e, depois de uma briga, mata todos os que considera inimigos.
O jornalismo deve ser desafiado a refletir sobre essa realidade em que cruzamos todos os dias, em qualquer lugar, com gente armada, agora ainda mais, sob o incentivo da extrema direita bolsonarista.
Mas hoje o jornalismo da grande imprensa é declaratório e oficialista. Falta gente, faltam braços e pernas para ter a mesma pegada que manteve os jornais vivos no século 20.
O jornalismo começa a morrer quando uma família é exterminada depois de uma discussão de trânsito e no dia seguinte essa realidade é tratada como banal.

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