A direita enredada

A sensação geral, com a atrapalhação de Bolsonaro e seus ministros, é de que a direita não sabe fazer o que deseja fazer. Deseja favorecer os de sempre e conspirar contra os interesses da maioria, mas não sabe como levar adiante seus planos e como falar deles em público.
É assim em todos os níveis de governo tomados pela direita ou pela extrema direita.
Percebe-se que eles não se prepararam para gerir um carrinho de pipoca, com todo respeito aos pipoqueiros.
No Brasil, no Estado, na prefeitura de Porto Alegre o que se vê é que ninguém domina nada. A direita quer vender patrimônio público, se desfazer, liquidar, movimentar negócios.
Mas nas entrevistas o que prevalece é a enrolação e às vezes a empostação de voz para compensar a falta de argumentos. Falam grosso para não dizer nada. As frases são repetitivas e sem sentido, a soberba é vazia.
Fica evidente que os gestores da direita, incluindo Bolsonaro, o governador que tomou posse, o prefeito que simula administrar Porto Alegre, todos eles entram em sofrimento quando precisam explicar algo.
Bolsonaro não sabe o que é IOF, nunca estudou a reforma da previdência. Bolsonaro pensa que Onyx sabe, mas Onyx acha que Paulo Guedes é quem deve saber. E Paulo Guedes sabe o que o mercado deseja que ele fique sabendo.
A democracia, já dizem os sábios, nem sempre leva à escolha dos melhores e por isso tem a virtude de ser imperfeita.
Desta vez, a democracia parece ter levado à escolha dos piores e mais atrapalhados.

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