A greve

Claro que é bom o debate sobre a greve que não vai acontecer. O argumento é conhecido: o governo não teria como colocar em votação agora a reforma da previdência, e por isso não sai a greve do dia 5.
Eu acho que não há como tentar driblar a capacidade de entendimento das pessoas. Porque esse é o jogo da direita. O que as centrais podem admitir, sem constrangimentos, é que a ideia da greve não havia sensibilizado muita gente.
E segue o jogo. Pergunte a quem estiver ao lado se faria uma greve dia 5 numa boa, com alguma motivação, alguma chance de impacto político e achando que não correria grandes riscos.
Uma greve mal encaminhada agora é tudo o que a direita quer. A direita está empanturrada dos erros da esquerda.
Eu imagino que outra marcha sobre Brasília teria mais efeito do que uma greve. O bom mesmo é que a marcha fosse sobre o Rio. Por isso, governo e Congresso deveriam voltar para o Rio, para que eles experimentem tudo, inclusive tiroteios e balas perdidas. E sintam o bafo do povo de mais de perto.
Só o Supremo de Gilmar Mendes e Alexandre de Moares ficaria em Brasilia.

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