A PERGUNTA

Nesta segunda-feira, tem Sergio Moro no Roda Viva da TV Cultura. Listei, em artigo que publiquei na edição online do jornal Extra Classe, 10 perguntas que dificilmente serão feitas pela bancada de jornalistas ao juiz da Lava-Jato.

Em outros tempos e com outro personagem, até poderiam ser formuladas, mesmo durante a ditadura. Hoje, não. Hoje, o jornalismo pós-golpe é amigo de Sergio Moro e o considera um togado intocável.

A bancada de perguntadores é uma claque. São esses os amiguinhos que vão entrevistar o juiz: Augusto Nunes, apresentador, Sérgio Dávila, editor de redação da Folha, João Caminoto, diretor de jornalismo do Grupo Estado, Daniela Pinheiro, diretora de redação da revista Época, Fernando Mitre, diretor de jornalismo da Band, e o jornalista Ricardo Setti, que estará lá porque é o eterno Sancho Pança de Augusto Nunes.

Todos vão levantar a bola para os gols de bicicleta de Moro. Não há um jornalista de fora da torcida da Lava-Jato entre eles, um só. Moro não quis ou decidiram facilitar sua vida? Mas eles vão simular peguntas ‘difíceis’, pra tentar um teatro.

Das 10 perguntas que listei, gostaria que o juiz respondesse a pelo menos uma. É esta, a última:

O senhor é, como juiz especial, um ídolo da direita e da extrema direita. Qual é o seu sentimento, nesta condição de juiz especial, em relação à adoração por parte de pessoas que têm desprezo pela discordância, pela diversidade, pela democracia e pela própria Justiça?

10 perguntas para Sergio Moro

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