A PF que se despluga dos tucanos da Lava-Jato

As últimas ações da Polícia Federal podem indicar que a instituição será reabilitada, se finalmente conseguir descolar sua imagem da reputação seletiva da turma de Curitiba.

Por muito tempo, na época em que um agente ‘japonês’ foi o símbolo (viu-se depois que precário e corrupto) da PF na Lava-Jato, a corporação correu o risco de ficar marcada como subordinada aos interesses da força-tarefa de Deltan Dallagnol e da vara especial de Sergio Moro.

Tanto que a PF da Lava-Jato de Curitiba chegou a ter um grupo declaradamente tucano, cuja missão seria a de comprometer o PT, Lula e Dilma, enquanto torcia descarada e vergonhosamente por Aécio nas eleições de 2014.

O grupo, flagrado no WhatSapp, acabou por expor a evidente politização da Lava-Jato e constrangeu a porção não-tucana da PF. Nunca ninguém foi punido e, ao que se sabe, afastado por causa da torcida tucana.

Os últimos movimentos, como a prisão de Geddel Vieira Lima, na sequência de outras ações contra a direita corrupta, mostram que, fora de Curitiba, a Polícia Federal deixa de ser subalterna e consegue fazer o que a maioria do país deseja. Que sejam enquadrados também os propineiros golpistas até agora impunes.

A PF e o Ministério Público que se articularam para pegar Geddel são a prova de que a força-tarefa de Curitiba perdeu o controle da caçada aos corruptos e que outros, e não só os ligados ao PT, podem ser encarcerados (mesmo que não se saiba por quanto tempo).

Caçar corruptos já não é monopólio da estranha turma de Deltan Dallagnol e Sergio Moro.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Website Protected by Spam Master


7 + 5 =