Aldyr

Tenho inveja da Lelei Teixeira e de todos os que conversaram e tiraram fotos com Aldyr Schlee na Feira do Livro. Perdi a chance de vê-lo pela última vez e de conversar pela segunda vez.
Eu só conversei com Aldyr, de conversar mesmo, não de vê-lo por perto, no final de 2016, quando telefonei para saber se ele poderia se engajar a uma mobilização pela democracia, idealizada pelo deputado Tarcísio Zimmermann, que mais tarde se chamaria Movimento 3D (Democracia, Diálogo e Diversidade).
Falamos quase uma hora ao telefone. Começamos a conversa sobre o manifesto e fomos falando de política, da crise do jornalismo, de literatura (ele falou do relançamento do romance Don Frutos) e de Porto Alegre. Senti que a literatura ainda o entusiasmava.
Sua preocupação era com a mulher, dona Marlene, que andava doente e morreria logo depois.
Aldyr morreu agora há pouco. Mais uma vez, eu escrevo para dizer que falhei de novo em mais uma despedida que deixei de fazer.

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