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Trump debocha de Hollywood pelas gafes do Oscar e assim imagina estar atacando o cinema, a arte e os artistas que o avacalharam na festa.

A gafe fica na conta da turma do próprio Trump. Quem errou não foram os artistas, mas o pessoal de uma das ferramentas mais vulneráveis e muitas vezes farsantes do capitalismo. Foi o pessoal dos controles, dá auditoria, que falhou.

Só os ingênuos imaginaram que o erro poderia ter sido de Warren Beatty (viva Warren Beatty). O erro foi da PriceWaterhouseCoopers, uma das mais poderosas empresas de auditagem do mundo. Eles cuidam desde a contagem dos votos e da arrumação dos envelopes, tratam de detalhes para que ninguém suspeite de fraudes.

São essas as empresas que, vai e volta, aparecem em notícias sobre, exatamente, fraudes. Por descontrole, por omissão, por cumplicidade.

Foram as empresas de auditoria que não identificaram as fraudes bancárias da crise financeira de 2008.

Os homens destas empresas são amigos do Trump, e não dos artistas de Hollywood.

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