BOBAGENS E POPULISMO EM LATIM

Alastrou-se o argumento de que a prisão em segunda instância deve ser mantida, pois só os pobres ficam presos, até porque a maioria nem tem acesso mesmo ao Supremo.

É uma desculpa calhorda, simplória, populista e enganadora, porque estatísticas não podem sustentar argumentos contra a Constituição, muito menos na Corte que deve defendê-la.

O raciocínio seria o mesmo que defender a proibição de acesso às praias de Angra porque são frequentadas em maioria pelos ricos e pelos corruptos soltos por Sergio Moro.

Até o delegado Waldir sabe que a solução é parar de mandar só condenados sem-advogado para a cadeia. A solução é corrigir um sistema de justiça que só pune os pobres e os negros e de vez quando manda algum rico para a prisão.

Nesse debate sobre prisão em segunda instância, apareceram, de repente, muitos ‘defensores’ dos pobres, principalmente jornalistas fofos.

Mas os jornalista fofos são assim mesmo. Eles são reaças mas são emotivos. O que não pode é ministro fofo entrar nessa conversa, abastecido por estatísticas de jornalista fofo.

Vamos ser mais sérios, ou pelo menos vamos tentar. Um juiz do Supremo não pode, mesmo que fale em latim, comportar-se como político da direita em rede social e rebaixar o debate ao nível dos Bolsonaros.

Como diria aquele estagiário do Sergio Moro, que imitava os ministros do STF: “Actore non probante, reus absolvitur”.
Se o autor não prova, o réu é absolvido.

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