Como golpear o golpe

Sônia Braga é a embaixadora da democracia brasileira nos Estados Unidos. É preciso que mais gente assuma este papel com a mesma voz forte e determinada na Europa e em outros continentes. O que ela disse em Miami hoje, após a exibição do filme Aquarius, tem um poder de síntese arrasador:

“Há um golpe no Brasil, não é um golpe militar. É muito difícil para as pessoas fora do Brasil saberem exatamente o que está acontecendo e a dimensão do perigo pelo qual estamos passando”.

A atriz disse por que percebe que o golpe subtrai conquistas sociais da grande maioria. Contou que a mãe costureira cuidou sozinha de sete filhos e afirmou:

“Sempre tive sentimentos intuitivos sobre o que é bom e o que é justo para meu país e meu povo. E o que posso fazer melhor é dizer em voz alta o que sinto”.

Sônia Braga se deu conta de que o golpe pretende ser permanente e está apenas no começo. Os estrangeiros devem saber disso, porque a capacidade de resistência interna vai depender também das reações vindas do Exterior.

Os estudantes que ocupam escolas têm condições de transformar o movimento em algo muito mais poderoso do que uma manifestação de contrariedade às reformas pretendidas pelos homens do Palácio do Jaburu.

A ocupação das escolas pode ser a força inspiradora de uma mobilização nacional capaz de golpear o golpe.

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