Croácia? Onde?

Amanhã à noite, numa mesa de bar da Cidade Baixa, poucos ainda saberão dizer onde fica a Croácia e porque afinal falamos tanto do seu passado e do seu presente controversos.
Estamos livres das dúvidas cruéis sobre torcer para um país de neonazistas (é o que diziam com certezas absolutas) ou para uma nação que vence a Copa com seus craques negros, mas que deverá continuar sob o contágio da xenofobia.
Torcer era preciso, para não ficar neutro. Muitos não saíram de casa para votar, votaram em branco ou anularam o voto nas últimas eleições, porque também essas são escolhas possíveis. Mas na Copa, não. Na Copa era preciso torcer para alguém.
Mas acabou. O fim da pior Copa de todos os tempos, com seu futebol de robôs, a Copa que não teve um lance excepcional (desses que se vê na Série C a cada fim de semana) nos devolve ao conforto das nossas certezas e à realidade do mafioso futebol brasileiro.
(Se prorrogação e disputa por pênaltis significassem algo excepcional e salvassem jogos ruins, os campeonatos de várzea seriam os melhores do mundo. E talvez sejam.)

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