Eduardo Cunha, o abandonado

Eduardo Cunha apostou que um dia seria um nome de ponta da direita brasileira, com a total confiança da imprensa e dos homens do pato da Fiesp. Cumpriu sua missão com afinco e foi traído pelos que fomentaram sua obsessão com o golpe. Cunha será triturado hoje ou daqui a alguns dias com a ajuda dos próprios aliados.

Quem procurar, não vai achar uma linha sequer contra Cunha, escrita pelos jornalistas golpistas (que agora o desprezam) durante todo o processo do impeachment.

A situação de Cunha foi tratada com obsequiosa cumplicidade pela imprensa que decidiu jogá-lo no penhasco sem piedade. Assim como o próprio Supremo só se manifestou depois do impeachment sobre a impossibilidade de um sujeito comprovadamente corrupto comandar a Câmara. Até o golpe, o comando não foi questionado.

O serviço sujo de Cunha foi feito e não há mais nenhuma tarefa gloriosa para o capataz da Câmara. Chegou a hora de degolar Cunha.

O hospedeiro do PSDB agora é Temer. Porque a direita quer mesmo é um tucano no poder. Temer fará o outro serviço sujo, o das reformas (que atingem só quem trabalha), porque não tem perspectiva eleitoral.

Ele é o prestativo da vez, em substituição a Eduardo Cunha. Mas em algum momento, como diz a jornalista Hildegard Angel, os serviçais da imprensa e do pato da Fiesp poderão se desfazer também de Temer. O jornalismo adesista não tem escrúpulos.

Se quiser destruir os cavaleiros da távola quadrada, Eduardo Cunha pode recorrer ao seu arquivo de conchavos e informações e transformar-se no maior de todos os delatores. É o que se anuncia.

Eduardo Cunha não vai querer se despedir da política como o idiota do golpe. Cunha tem que desaparecer como um grande mafioso.

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