ELES E MEGAN

Tite ainda tentou fugir do afago de Bolsonaro. Mas a maioria dos jogadores festejou com o amigo do Queiroz, porque são de direita, muitos são bolsonaristas, alguns enrustidos, como certos governadores tucanos fofos.
Vejo os jogos porque sou viciado em futebol. Mas admito que, depois de um certo distanciamento, agora sinto asco por essa Seleção de figuras estranhas e indiferentes à realidade do mundo de onde saíram.
O Brasil merece Bolsonaro e essa Seleção de ex-pobres que só falam de pobres romanticamente e acham que superar a pobreza é quase sempre um ato heroico individual e quase nunca o resultado de esforços coletivos ou de opções e de ações políticas.
O Brasil merece Sergio Moro e esse Supremo que se acovarda diante do juiz que mandava em Dallagnol até para conspirar contra a Venezuela e Maduro.
E merece também ver o capitão da Seleção dependurado num abraço em Bolsonaro com uma intensidade de envergonhar os jogadores de 70 que puxavam o saco de Médici.
(Os que acham que futebol deve ser alienado e alienante precisam se informar aqui no Google sobre Megan Rapinoe, a capitã do time americano, campeã mundial de futebol feminino neste domingo, craque e goleadora da competição, militante de esquerda e LGBT, crítica de Trump, do machismo e do fascismo.)

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