ELES E OS ÍNDIOS

O que Trump não disse e que o filho de Bolsonaro gostaria que ele tivesse dito?
Por que o filho e o chanceler terraplanista não sabiam o que dizer ao final do encontro na Casa Branca?
Existiu o encontro? Por que os dois não fizeram o gesto mais previsível do bolsonarismo, divulgando uma foto espalhafatosa logo depois da reunião?
Trump não incentivou o exibicionismo para não mandar recados ao pai pelo filho que talvez não consiga chegar aonde quer?
O bolsonarismo transformou tudo em roteiro de republiqueta, com o pai, os filhos, os espíritos do fascismo incendiário, a relação promíscua com os americanos e a certeza de que a política abriga da intimidade com as milícias aos grandes interesses internacionais predadores da Amazônia. Tudo com naturalidade e conluios diversos.
É possível que Bolsonaro tenha uma declaração bombástica a fazer hoje com o recado de Trump, ou que talvez não tenha nada.
Talvez só o que tenha a dizer foi o que disse ontem, que é preciso acabar com as terras dos índios. Só com as terras, não com os índios, que se esclareça. Os índios que se virem no empreendedorismo e na meritocracia amazônica.
Nós todos somos os índios, inclusive metade dos bolsonaristas. Os outros são donos ou se acham donos ou revendedores dos espelhinhos.

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