ESTAMOS CONDENADOS

Os jornais estão lotados de interpretações sobre a decisão do Tribunal Regional Federal de reafirmar a condenação de Lula. A conclusão geral, depois da leitura de tentativas de entendimento, é uma só: o Brasil sucumbiu ao poder de um Judiciário confuso e enredado em sua fleuma e em suas fragilidades e contradições.
O Judiciário que condenou Lula por unanimidade é o mesmo que mantém, também por goleada, e sob os mais variados argumentos, a impunidade de tucanos e cúmplices de quadrilhões, alguns protegidos por imunidades diversas.
Mudam os redutos, mas a estrutura de Justiça é uma só. O resumo é desolador. Somos figurantes de uma versão trágica da Escolinha do Professor Raimundo, com citações e argumentações pedantes, muitas vezes confusas, tantas vezes vazias.
Sabe-se todos os dias (como está na Folha hoje) que os magistrados brasileiros citam em latim teorias que não dominam. Não dominam nem o latim, nem as teorias.
Nossa vida está nas mãos deles, dos Rolandos Leros de toga. Estamos sendo enrolados pelo poder incontrolável do Judiciário, com a imprensa e com tudo. Por enquanto, estamos todos condenados.

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