Finalmente verei Ponto Zero

Procurei e não achei quem falasse mal de Ponto Zero, o filme do José Pedro Goulart. Li tudo que escreveram a respeito da história de Ênio, o adolescente que mete o pé na lama e na jaca para virar homem.

E reli um texto elogioso do Daniel Feix na Zero, para ver se havia uma entrelinha com alguma restrição mais séria.

Ouvi muita gente que já viu o filme. Liguei para pessoas cruéis com a arte que se faz aqui, em qualquer área. Não consegui ninguém que dissesse: é bonzinho.

O Daniel escreveu: é um grande filme.

Não se diz impunemente que um filme é g-r-a-n-d-e. Grande é palavra com fortidão para derrubar reputações. Um grande filme tem que ser grande mesmo, como um grande livro ou um grande porre, ou o crítico pode ser empurrado para o ralo.

Pois sou retardatário e só agora vou ver Ponto Zero, pensando nisso: que todo mundo só fala bem do filme.

Ontem, participei ao lado do Lauro Quadros do programa Bipolar, que o Zé Pedro comanda na Rádio Mínima pela internet (www.facebook.com/minimafm). Outro dia vou falar só da rádio, do programa, do Zé Pedro e do Marcelo Ferla.

Pois aí perguntei ao Zé Pedro como é que ele conseguiu fazer no filme a imagem de Porto Alegre de cabeça para baixo. Ele me contou, mas não posso dizer.

Eu vou tentar repetir com um vídeo que estou fazendo das figueiras da Aberta dos Morros. Figueiras de cabeça para baixo.

E vou então, finalmente, ver Ponto Zero. E já vou gostando, o que não me incomoda em nada.

Como é bom ver um cara feliz com a própria obra. O Zé Pedro, deu pra ver, está feliz.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Website Protected by Spam Master


6 + 8 =