Marçal

O jornalismo e a memória do Estado perderam um bravo no último dia 23, o fronteiriço de Quaraí João Batista Marçal.
Muito do que sei dos jornais, dos fantasmas e da alma literária do Alegrete e da Fronteira eu devo a este cara frondoso.

Que cuidem bem do seu acervo sobre o jornalismo do interior do Estado.
(O desprezo do jornalismo pela morte de um dos guardiões da memória do jornalismo é coerente com o momento que vivemos.)

É uma cruel ironia que Marçal, o cara que protegeu também a memória do jornalismo ligado à luta operária, morra às vésperas da greve-deboche dos togados em defesa do auxílio-moradia.
No Brasil do golpe, a toga se apropria até de ferramentas de luta do operariado para preservar privilégios.

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