Moro evita o advogado que denunciou o amigo

Lula pediu mas não levou mais uma na Lava-Jato. O ex-presidente queria que o juiz Sergio Moro ouvisse o advogado Rodrigo Tacla Duran como sua testemunha de defesa.

Duran é aquele que acusou o advogado Carlos Zucolotto Junior (amigo íntimo de Sergio Moro, seu padrinho de casamento e ex-sócio da sua mulher num escritório de advocacia) de tentar traficar acordos de delação premiada na Lava-Jato.

A defesa de Lula preparou uma emboscada para Moro. Se o juiz é tão ágil para levar adiante os casos sob seus cuidados, por que não seria para trocar uma testemunha por outra e aceitar que Duran depusesse em um dos processos contra Lula?

Pois Moro não aceitou Duran como testemunha. O juiz não passará pelo constrangimento de ouvir o que não pretende, porque o advogado poderia, no depoimento, tratar do caso do amigo do magistrado.

Duran já tentou um acordo de delação na Lava-Jato e também não conseguiu. Há algo de estranho nessa recusa em ouvir Duran, ou talvez, ao contrário, o que menos existe são coisas estranhas em Curitiba. As coisas estranhas são da normalidade da Lava-Jato.

Mas alguém, em algum momento, terá de ouvir Duran, para que tenhamos mais informação sobre o amigo de Moro, a não ser que nesse caso a Lava-Jato não tenha pressa.

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