Moro não aguenta

Li a notícia sobre a previsão de Sergio Moro de que a Lava-Jato está chegando ao fim em Curitiba. Seria, segundo alguns, o aviso de que ele pode renunciar à magistratura e ser mesmo candidato em 2018.

Na eleição de 2014, Marina Silva não resistiu a dois meses de campanha e foi pulverizada por suas ideias obtusas.

Desta vez, Bolsonaro não resistirá a duas semanas. E Sergio Moro, se decidir concorrer, não resiste a dois dias de campanha.

Até porque num debate Moro não poderá dizer a Lula o que disse na última audiência em Curitiba, quando o ex-presidente perguntou se poderia dizer à família que prestou depoimento a um juiz imparcial. Moro foi incisivo: “Não cabe ao senhor perguntar isso a mim”.

Lula teria outras perguntas a fazer ao juiz. A não ser que Lula seja mesmo condenado em segunda instância e preso, e Moro fique livre para concorrer, sem o receio de ter de responder perguntas diversas, como uma sobre o tal amigo denunciado publicamente por um mafioso como vendedor de acordos de delação em Curitiba (já que a imprensa nunca quis saber nada do juiz sobre o sujeito).

E, além disso, Moro não aguentaria a campanha porque é muito ruim de retórica. Ele e Deltan Dallagnol são os pregadores do moralismo óbvio de conversa de boteco pouco antes de fechar, quando ninguém aguenta mais ninguém. Não se aproveita quase nada.

One thought on “Moro não aguenta

  1. Análise exata. Esse sujeito só tem projeção porque está investido em cargo de autoridade. É medíocre, fala mal, não sabe elaborar argumentos sofisticados. Não resistiria a dois dias mesmo, é facílimo desconstrui-lo se as condições forem de igual para igual. Enquanto não são, ele dita. É o típico guri valente quando tá perto do irmão mais velho. O irmão mais velho é a Globo.

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