A MORTE DE NILCÉA FREIRE E A ASCENSÃO DE DAMARES

Duas notícias, uma ao lado da outra, que reforçam o desalento de um Brasil exausto de ódio, ignorância, perdas e obscurantismo. As notícias estão na capa da Folha online.

A primeira é sobre a agenda seletiva de Damares Alves, a ministra que transformou o gabinete num reduto de entra-e-sai de políticos neopentecostais e representantes da extrema direita e de total desprezo por pedidos de audiência com líderes de movimentos sociais e de direitos humanos.

A outra notícia é a da morte de Nilcéa Freire, ex-ministra de Políticas para as Mulheres do governo Lula.

Médica, professora e ex-reitora da Universidade Estadual do Rio, Nilcéa morreu aos 66 anos, de câncer, num momento em que o bolsonarismo destrói tudo o que ela ajudou a construir.

Morre uma feminista, defensora e implantadora de politicas públicas para as mulheres, pioneira na adoção das cotas nas universidades. Uma militante das liberdades.

É ofensivo, mas ao mesmo tempo denunciador de realidade que não podemos esconder, que a notícia da sua morte esteja agora na capa da Folha ao lado de uma reportagem sobre o poder incontrolável do fundamentalismo político e religioso de Damares Alves.

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