O AUTOGOLPE

É óbvia demais a estratégia de Bolsonaro em relação às manifestações de rua de domingo. Ele atiçou a turma que aciona a tentativa de mobilização (os filhos, Olavo, milícias virtuais) e ficou à espera das reações.

Os empresários, a direita moderada, boa parte dos ricos que ainda apoiam seus desvarios e até o seu partido decidiram saltar fora. Bolsonaro diz então que também não participará do que planejou e faz o que sempre fez.

Recua, terceiriza as ações (agora até o filho caçula, o Jair Júnior, está no mutirão) e se não der certo, como não vai dar, ele não tem nada com isso. Foi uma invenção dos garotos com o sujeito da Havan.

Se as manifestações atacarem os parceiros do centrão, o Supremo, os generais e até diretamente o vice Mourão, o problema é de quem foi pra rua. Ele, Sergio Moro e Onyx ficarão quietos em Brasília.

Bolsonaro é o Guaidó-jabuticaba. Guaidó não conseguiu derrubar Maduro e Bolsonaro não consegue aplicar um golpe no próprio governo para tentar sair fortalecido, não se sabe como.

Temos uma caricatura grotesca de Jânio, que já era uma caricatura. Mas Jânio não brincava com arminha de dedos e com fuzis.

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