O CINISMO DA LAVA-JATO

A Lava-Jato de Moro e Dallagnol grampeou uma presidente da República e divulgou a conversa dela com um ex-presidente.
Vazaram a conversa para a Globo, segundo Moro, porque o interesse público estava acima do direito de Dilma e Lula à privacidade.
O argumento era este: o Brasil precisava saber que Dilma estava nomeando Lula para a Casa Civil.
Pois agora Moro e Dallagnol são vítimas do próprio método. As conversas entre os dois, vazadas para o Intercept, revelam delitos graves. O público tem o direito de ficar sabendo?
E o que diz então a Lava-Jato que grampeou a presidente da República?
Diz isso em nota oficial emitida hoje:
“A violação criminosa das comunicações de autoridades constituídas é uma grave e ilícita afronta ao Estado”.
Foi o que Sergio Moro fez com Dilma e que o ministro Teori Zavascki classificou como delito grave. Moro violou as comunicações da mais alta autoridade constituída do país. Com ele não aconteceu nada.
Mas ele ajudou no golpe que derrubou Dilma, condenou e encarcerou Lula e virou ministro da Justiça de Bolsonaro.
Teori está morto. O cinismo da Lava-Jato está vivo.

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