O ex-juiz no Roda Viva

Algumas notas sobre a participação de Moro no programa da TV Cultura.

Sergio Moro diz no Roda Viva, com um certo orgulho, que pertence ao núcleo duro do governo Bolsonaro. Uau.
Foi surpreendente. Há muito tempo o ex-juiz está mais próximo do que seria o núcleo mole de Bolsonaro.
(Está bom o ímpeto dos entrevistadores. E Moro vem afinando a voz e revirando os olhos acima do normal. E está vermelho. Moro não aguenta uma campanha. Desde o começo da entrevista, em 20 minutos, o ex-juiz já bajulou Bolsonaro quatro vezes.)

…………..

O ex-juiz se encolhe, baixa a voz e diz que não condenou a fala do colega nazista porque não é “comentarista político”.
A impressão, nesse segundo bloco, é a de que o ex-juiz está murchando.
Felipe Moura Brasil, da Jovem Pan, está se esforçando para salvar Moro com perguntinhas de amigo.
Mas no geral ainda falta na entrevista (na anterior também foi assim) aquela vitalidade que tiveram quando entrevistaram Manuela.
A conversa está no moto-contínuo esquemático de pergunta-responde. Poucos interrompem o ex-juiz.

…………..

Moro tenta fazer média com Celso de Mello (que vai definir o caso da suspeição e pode acabar com a reputação do lavajatista), comete uma gafe monumental e diz que Mello “foi um grande ministro”.
O ex-juiz produz uma grosseria e antecipa a aposentaria do ministro que ele pretende substituir.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Website Protected by Spam Master


3 + 4 =