O filósofo

O fracasso de um governo que se arrasta, enquanto é sustentado a óleo canforado pela imprensa amiga, vem sendo atribuído agora a erros de marketing. O marketing do Jaburu é ruim, diz o presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
Mesmo que não exista marqueteiro que salve um governante que compra sapatos em Pequim e sai anunciado que comprou, como se fosse fazer sucesso com isso.
E que anuncia que um trabalhador pode ter jornada ampliada para até 12 horas diárias e que o SUS vai encolher e que conquistas trabalhistas históricas podem ser sequestradas.
Por tudo isso, e por causa do desastre da comunicação no Jaburu, o momento pode fortalecer um personagem gaúcho.
Um filósofo, que chegou a ser encarado como o grande resolvedor de problemas dos amigos, porque assumiria o comando da comunicação do governo, pode vir a ser chamado.
Não para assumir a comunicação, mas para fazer palestras sobre Hegel para os servidores da área e contribuir para uma mudança no rumo do marketing e da imagem palaciana. É para isso também que existe a filosofia de resultados.
O filósofo é especialista em Hegel, o que hoje em dia pode significar o mesmo que alguém dizer que é especialista em salsicha de frango. Ninguém quer saber de Hegel. Mas há gente na imprensa e dentro do governo que considera que ele é o cara.
O filósofo sabe filosofar na hora certa. Filósofo completo deve ter bom senso de oportunidade. Preparem-se. Hegel vem aí. Esse mundo da nova era do PowerPoint é surpreendente.

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