O furo

O furo em jornalismo é uma raridade desde os anos 90. Pois hoje o Globo deu um furaço, ao antecipar que o ministro Marco Aurélio jogará no lixo (a expressão é do ministro) a estratégia dos Bolsonaros para fugir da Justiça.
O furo foi dado aí pelas 11h. Estadão e Folha se fizeram de mortos. Mas o Estadão reagiu e conseguiu entrevistar o ministro perto das 15h. Quatro horas depois!!!
E a Folha? A Folha dorme, bem ao seu estilo blasé. A Folha poderia fazer o que os jornais fazem cada vez mais hoje: citar o Globo, admitir o furo e dar a notícia.
Porque o que importa é permitir que as pessoas tenham acesso à informação, venha de onde vier.
Mas a Folha, que está bem no caso do Queiroz, prefere informar, num texto de “análise”, que Marco Aurélio “deve” rejeitar a pretensão dos Bolsonaros de escapar da lei no Supremo.
Deve rejeitar? O Globo e o Estadão já anunciaram pela voz do ministro que ele vai rejeitar. Mas a Folha é a Folha.

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