O governo que não existe

PLANALTO

É longo o período de calmaria, sem queda de ministro e sem qualquer outro movimento brusco, no governo Michel Temer. É muito tempo. É sinal de inércia, de acomodação. Este governo prometia mais emoção.

A única novidade dos últimos dias é a notícia de que agora sai, de qualquer jeito, o corte nas verbas para a área da saúde. Nessa área, o governo vai bem. Outra novidade, deu para perceber na última entrevista, é que o Henrique Meirelles começa a falar sem aquele ovo na boca. O resto é o resto.

Como me disse meu amigo Heitor Schmidt, tudo, até o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, é uma caricatura que já vem pronta neste governo. Me mandaram um vídeo em que ele diz (lendo um texto) que a missão do Banco Central é assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda.

Nem na prova do Enem se perguntaria qual é a missão do Banco Central. Todo mundo sabe. Mas o homem do BC fala como se estivesse dando uma lição de sabedoria. E lendo.

Termino este texto por aqui, porque tentei e não consegui escrever mais nada a respeito do governo interino. Nem os jornalistas embarcados, que se aliaram ao golpe, mas andam preocupados, conseguem contar qualquer coisa sobre este governo.

Nunca antes neste país um governo foi tão medíocre, a ponto de até os golpistas se sentirem inseguros sobre seu futuro (o futuro dos golpistas, não do governo). Este passou a ser um governo que ninguém consegue provar que existe.

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