O lugar certo

Pego a estrada daqui a pouco para ver e ouvir Lula no ginásio municipal de São Leopoldo. Vou como cidadão, como jornalista e como filiado do PT. Me filiei hoje por entender que não há salvação para o Brasil sem a restauração da democracia. E não haverá nunca democracia sem partidos.

Fui acolhido pelo partido que sofreu o golpe e a ele resiste bravamente. Não há como reconstruir a democracia sem o PT. Por isso me engajei e me sinto remoçado. Gosto desta foto do Demilson Fortes, ao lado de Raul Pont, Tarcisio Zimmerman e Adão Villarverde, em que estou com petistas que respeito, entre os quais muitas mulheres, e que foram me receber. A maioria eu nunca tinha visto.

Alguns dirão: ah, mas um jornalista vinculado a um partido? Esse espanto geralmente é manifestado pela direita. Pois eu revelo agora que fui, na ditadura, filiado ao PMDB. E já era jornalista.

Sempre fui, sem frescuras e escamoteios, um jornalista de esquerda. Assumidamente de esquerda. O que fiz foi apenas formalizar a adesão a um partido decisivo para as esquerdas e para que o golpe seja derrotado.

Me filiei por Lula, por Dilma, pelos que resistiram e continuam resistindo e pelos que tombaram na resistência. Estou no lugar certo.

Aos jornalistas-fofos-militantes-do-golpe que estranharem, faço um apelo para que não se constranjam. Filiem-se aos seus partidos, como eu fiz na ditadura e faço agora de novo. Eu não vou achar estranho.

 

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Website Protected by Spam Master


7 + 2 =