O OURO DE TOLO DE BOLSONARO

As Serras Peladas que Bolsonaro imagina para os índios, como ele diz na entrevista ao Globo, é na verdade o grande projeto para o país todo. Bolsonaro quer a liberação total da mineração na Amazônia, com a promessa de que os índios vão ficar ricos com o ouro que está sob seus pés. E quem quiser poderá ter uma arma para defender sua fortuna dourada.

Para os brancos, o bolsonarismo promete outras Serras Peladas desde a destruição dos direitos trabalhistas e da quase aprovada reforma da Previdência.

O empreendedorismo neopentecostal, que sustenta boa parte do projeto de Bolsonaro, conduz a essa ideia de que todos serão donos do ouro que forem capazes de garimpar.

Bolsonaro é o alquimista da nova direita brasileira, e não só da extremada. Da direita liberal mesmo. O ouro de tolo que ele promete já hipnotizou a maioria que o elegeu. E continua alienando pelo menos um terço da população. A que acredita no que ele diz, a que finge acreditar para manipular indigências e a que nada sabe do que está acontecendo.

Enquanto os índios se divertem, o filho que será embaixador aparece hoje nas capas de todos os jornais com o verdadeiro ouro. Eduardo Bolsonaro, entre outras atividades, dedica-se agora a fazer lobby para a Papper Excellence, da Indonésia, que está numa disputa bilionária com os mafiosos da JBS.

Eduardo aparece nos jornais, fantasiado com camisa floral típica, ao lado do dono do grupo, Jackson Widjjaja, com o cheque simbólico de R$ 31 bilhões do que virão a ser os investimentos da Paper Excellence na área de celulose no Brasil.

O filho de Bolsonaro tenta se comportar como os príncipes árabes, mas a imagem com o cheque e a fantasia com a camisa colorida é de envergonhar os filhos de mafiosos sicilianos.

O pai promete ouro para os súditos, e o filho sai atrás da verdadeira mina, intrometendo-se numa disputa como garantidor de que Bolsonaro tem um lado.

Os Bolsonaros perderam o controle da própria empáfia, e aí pode estar a ruína da família, não hoje, nem amanhã, mas em algum momento em que o país se der conta de que o ouro é para poucos e talvez só para a família e os amigos.

Eduardo deu um salto e tanto. Das milícias de Queiroz e parceiros do Rio nas Pedras, evoluiu tanto que se infiltrou agora nas rodas dos grandes negócios das corporações mundiais.

Latifundiários, desmatadores e grileiros da Amazônia e agora também os predadores internacionais, onde estiverem, serão sócios do bolsonarismo.

E os índios? Os índios da Amazônia e os brancos das cidades vão fuçar na terra em busca do que pode ser encontrado. Talvez abram a própria cova para a matança que se anuncia com as Serras Peladas do bolsonarismo.

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