O país do pau mandado

Dois juízes do Supremo se agridem durante um julgamento, um diz que o outro solta os bandidos amigos e o outro responde que o um só decide a favor de correligionários da política.
Um delegado assume o comando da Polícia Federal e desqualifica o trabalho do Ministério Público, e o ex-chefe do MP responde dizendo que o delegado é um pau mandado de um chefe de quadrilha denunciado formalmente pelo MP. O chefe da quadrilha por acaso é o sujeito que se declara presidente da República.
E os sociólogos, os cientistas sociais, os historiadores, os antropólogos, os jornalistas e os palpiteiros tentando entender por que os bandidos se matam no Rio e em Porto Alegre na disputa de mercado para fornecer cocaína para os bacanas.
Matam-se porque têm armas. Os que não têm armas e não dão tiros (por enquanto) nos enrolam com uma conversa mole em nome dos bons modos e da democracia, enquanto se destroem mutuamente e aplicam golpes.
Viramos o país do pau mandado, com pau para todo lado, com pau do Supremo e com tudo.

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