O PAÍS SUICIDA

O bolsonarismo vai incorporando ao cotidiano de um país doente o que seria improvável e absurdo. Um juiz condena o principal adversário de um candidato e vira ministro do vitorioso beneficiado pela condenação, o miliciano assassino de uma líder política é vizinho do presidente, um traficante pega carona no avião do presidente numa viagem internacional, o filho-senador do presidente envolve-se com milicianos, o presidente empresta dinheiro a um miliciano, o miliciano deposita dinheiro na conta da mulher do presidente, o presidente e os filhos dele defendem que o país todo se arme, se possível com fuzis, um empresário quebrado se mata com um tiro na cabeça diante de um governador e de um ministro, um filho do presidente diz que houve apenas mais uma falha da segurança, e o presidente continua assegurando, como se tivesse o controle absoluto de tanto desvario, desespero e alienação, que tudo é obra de Deus, porque Deus está acima de todos.

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