O prêmio que a Globo deveria dar a Sergio Moro

O Jornal Nacional comemorou agora há pouco, com um sorriso irônico de William Bonner, um prêmio internacional conquistado pela GloboNews pelo ”furo de reportagem” com a divulgação do famoso grampo ilegal da conversa entre Dilma e Lula no ano passado.

Não houve furo nenhum. O prêmio Golden Nymph Awards (entregue no Festival de TV de Montecarlo!!!), deveria ser repassado a Sergio Moro, o juiz que permitiu a realização do grampo ilegal e depois cometeu mais uma ilegalidade ao encaminhar a gravação de presente à Globo.

Não houve nenhum esforço de reportagem, mas o conluio entre um juiz de primeira instância, que grampeou a presidente da República, e a emissora dos Marinho.

Até hoje, apesar da reprimenda do ministro Teori Zavascki, que considerou o grampo uma ação criminosa, o juiz-repórter da Globo não foi punido. Nem será.

Quando o jornalismo é exercido e premiado graças à cumplicidade com delitos togados, o que fica é o cinismo dos que cobram boas condutas dos ladrões de Brasília (como o jaburu agora perseguido pela Globo) e aplicam lições éticas em traficantes de drogas e de informações.

A euforia do apresentador do JN com esse prêmio envergonha os jornalistas de fato dedicados à reportagem, e não só os da Globo.

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