O PROCURADOR E A PF

O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, da força-tarefa de Deltan Dallagnol na Lava-Jato, desqualifica o trabalho da Polícia Federal no acerto de delações, em entrevista à Folha.
É de se esperar agora a reposta da PF, se é que virá, ou se a PF continuará resignada com os ataques do Ministério Público ao que vem fazendo na tal guerra à corrupção.
O homem diz claramente que os acordos feitos pela PF são de segunda categoria. Os bons mesmo são os conduzidos por ele e a turma do Dallagnol.
Outra coisa que o procurador diz: que um dos acordos mais importantes de delação foi o do Pedro Barusco, o ladrão avulso da Petrobras.
O interessante é que Barusco não disse até hoje para quem roubou durante cinco anos no governo tucano de Fernando Henrique. Barusco, um gerente do terceiro time, juntou quase R$ 400 milhões em propinas. E ninguém sabe até hoje quem era o seu chefe no roubo.
Mas o procurador, que passa uma mistura de soberba com empáfia na entrevista, achou o acordo importante. Cada vez se sabe mais sobre o que é desimportante para a Lava-Jato.
O que o procurador não diz (e o repórter não perguntou) é que todos os delatores que passaram pelo MP estão hoje soltos e impunes.
Porque suas condenações foram apenas no papel. Os chefes das quadrilhas foram anistiados pelos bons acordos que fizeram. Todos estão em liberdade. E muito bem de vida.

 

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