O salvo-conduto do tucano da mala

No discurso que fez ontem no Senado, para dizer que caiu na armadilha da mala de Joesley Batista, Aécio já saiu avisando que não permitiria apartes.
Os golpistas conseguem tudo, com o aval da mesa do Senado, para impor seu modo de exercer e controlar a democracia. E o jornalismo que apóia essa gente acha normal.
Aécio gosta de questionar sobre pedaladas, mas não quer ser questionado como o dono da mala. Em uma das sessões do interrogatório de Dilma no Senado, antes do golpe de 31 de agosto, ele foi um dos inquisidores mais debochados.
Em determinado momento, o tucano da mala disse a Dilma que não era um derrotado vingativo e afirmou: “Vossa Excelência usa os votos que recebeu como justificativa para os atos que tomou. O voto não é salvo-conduto”.
Ontem, sem incômodos, sem perguntas, rodeado de cúmplices, o sujeito da mala falou da tribuna do Senado com o salvo-conduto dos seus amigos no Supremo.

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