O veneno da direita pega a família de Aécio

Poucos políticos comemoram tanto a caçada a Lula e aos parentes de Lula quanto Aécio Neves. No dia 4 de março, quando Lula foi surpreendido em casa pela Polícia Federal, no famoso episódio da condução coercitiva, também Fábio Luiz da Silva, filho de Lula, foi alvo das batidas da PF.

A partir dali fechou-se o cerco à família de Lula. Aécio comemorou pelo twitter: “Os graves indícios de irregularidades e crimes cometidos à sombra do projeto de poder do PT finalmente estão vindo à luz”. E disse que o caso da família Lula não era da política, “mas de polícia”.

Não houve, por parte de Aécio e de nenhum tucano, nenhuma restrição ao cerco aos filhos de Lula e à mulher dele, Marisa Letícia, depois tornada ré pelo juiz Sergio Moro. O que houve foi uma permanente comemoração.

Depois, alguns tucanos foram chorar no velório de Marisa Letícia. Mas a maioria só está chorando agora, quando a irmã de Aécio aparece de novo como receptora das propinas do neto de Tancredo Neves.

Andréa Neves experimenta o que os parentes de Lula enfrentam (inclusive um irmão), desde o momento em que a direita decidiu, com a ajuda de parte do Ministério Público e do Judiciário, que pegar o ex-presidente não bastava. Era preciso destruí-lo com a destruição também de seus familiares.

Aécio acha que delatores, a revista Veja (sua antiga aliada) e as instituições estão desrespeitando sua família.

Aécio não está sendo comido pela Justiça, que sempre poupou os tucanos em todos os escândalos em que se envolveram. Está sendo devorado pelos próprios parceiros, com a mesma tática usada contra Lula.

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