A hora do jornalista fofo

Há no momento uma certa desorientação do jornalismo embarcado de apoio ao golpe. Estão tateando na calibragem do discurso. Os que eram extremados estão menos agressivos, os mais esfuziantes, da torcida organizada, estão mais moderados, e os moderados quase se transformaram em democratas.
Por quê? Porque não é hora de subestimar sentimentos diante da possível condenação de Lula. Os jornalistas golpistas sabem que precisam calibrar seus ataques, ou estarão produzindo um bumerangue.
E os jornalistas fofos? Os jornalistas fofos estão torcendo pela democracia, pelo Brasil, pelo civismo e pela nossa bandeira. O jornalista fofo é o tipo mais dissimulado.
Vou antecipar aqui. Leremos textos de jornalistas fofos de direita lamentando a condenação de Lula. E muita gente que lê os jornalistas fofos irá às lágrimas.
O jornalista fofo não tem limites. É o mais perigoso de todos, porque tenta enganar suas vítimas com seus golpes do pacote.
O jornalista fofo também é chamado nas redações de sabonetão. O fofo é uma mala do lugar comum e das citações (adora citar Alexandre, o Grande), mas tem adoradores que dariam a vida por ele.

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