PROPAGANDISTA DO GOLPE

O Brasil não se submeteria silencioso à afronta da comemoração de um golpe se tivesse mais gente com o destemor dos procuradores da República Deborah Duprat, Domingos Sávio da Silveira, Marlon Weichert e Eugênia Gonzaga.
Os quatro assinam uma nota dura em que condenam a orientação de Bolsonaro para que os militares comemorem o golpe de 1964 nos quartéis.
A nota observa que a provocação é de “enorme gravidade constitucional” e “incompatível com o Estado Democrático de Direito”. E que Bolsonaro pode ser judicialmente responsabilizado pela “apologia à prática de atrocidades massivas”.
Os procuradores advertem que a orientação de Bolsonaro merece repúdio social e político, “sem prejuízo das repercussões jurídicas”.
A questão é esta: quem conseguiria responsabilizar o homem que exalta ditadores e torturadores e faz a apologia do estupro?
Deveríamos ter mais manifestações com posições corajosas como as dos procuradores.

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