Quem paga mais?

Até as emas de Brasília sabem que a briga de Rodrigo Maia com o jaburu-da-mala é mais do que parece. O argumento de Maia para peitar o jaburu é o de que o PMDB vem assediando políticos do PSB, para atraí-los para o partido, quando muitos deles já estavam acertados com o DEM e o projeto presidencial do homem que os propineiros chamam de Botafogo.
Maia está dizendo: nós sabemos que eles estão sendo comprados pelo jaburu, para que o PMDB se fortaleça e mais uma vez a nova denúncia seja rejeitada com segurança no Congresso. E assim o jaburu seguiria em frente até o fim do mandato que deveria ser de Dilma.
O recado de Maia é este: se for preciso, desta vez vamos complicar e tentar fazer o que conseguimos quando da primeira denúncia.
Na votação da primeira acusação contra o jaburu, Maia chegou a ensaiar a conspiração, junto com Meirelles, para derrubar o jaburu. A Globo deu cobertura à estratégia dos dois, e muitos chegaram a pensar que o golpe no golpe estava no papo.
A Globo derrubaria o jaburu, e Maia ou Meirelles seriam os candidatos numa eleição indireta. Como a Globo não derruba mais ninguém, o jaburu sobreviveu e continuou manobrando.
O que vai acontecer agora? Maia pode estar blefando, ou teremos um duelo de forças de dois medíocres, sem nenhum apoio popular, sustentados por seus conchavos políticos.
Os próximos passos da ‘democracia’ brasileira se decidem agora entre dois representantes da política rasa e sob suspeita dos mais variados crimes, que numa eleição não teriam juntos 3% dos votos, considerando-se uma margem de erro de quatro pontos para mais ou para menos.

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