Valentes
Se os Bolsonaros são do povo mesmo, por que um dos três irmãos valentes não aparaceu no baile funk de hoje na favela de Paraisópolis para representar a família?
Se os Bolsonaros são do povo mesmo, por que um dos três irmãos valentes não aparaceu no baile funk de hoje na favela de Paraisópolis para representar a família?
Quem nunca chegou perto de uma realidade semelhante deve tomar uma providência: vá até a Paraisópolis mais perto da sua casa, ou até a que fica mais longe mesmo.
Os nove jovens mortos em Paraisópolis não devem entrar nas estatísticas da matança diária da Polícia Militar de São Paulo. Até porque, segundo Sergio Moro, as autoridades cometeram erro operacional. Monica Bergamo informa hoje na Folha que até outubro 697 pessoas foram mortas por policiais fardados no Estado. Em 2018, foram 686 no mesmo período.
O primeiro grande baile funk de Porto Alegre aconteceu em abril de 2001, no Gigantinho. Pode ter sido o maior baile funk de todos os tempos no Estado. Eram mais de 4 mil pessoas na quadra e nas arquibancadas. O funk apresentava-se como novidade para os gaúchos. Veio gente do Rio para organizar a festa.
Palavras usadas pelos grandes jornais para o massacre de sábado em Paraisópolis: tumulto, incidente, tragédia. As palavras certas para o cerco da polícia e o assassinato de nove jovens serão encontradas nos sites, blogs e outros espaços do jornalismo de resistência. A grande imprensa é cuidadosa com a imagem de Doria Júnior, para não associá-la
Bolsonaro, Witzel, Doria Junior e Sergio Moro atuam na mesma faixa da extrema direita. Eles serão os candidatos do eleitorado do fascismo, do ódio e das ignorâncias (no plural) em 2022. Qualquer um dos quatro pode falar em nome das milícias e do ‘direito’ de matar pelo medo que a polícia tem do povo. Com
Na mesma noite em que Sergio Moro era ovacionado no show de Roberto Carlos em Curitiba, horas depois a polícia massacrava moradores da favela de Paraisópolis em São Paulo. A Alemanha tomada pelo nazismo teve muitas noites semelhantes, com a mesma cumplicidade das elites, da classe média recalcada, decadente e racista, da polícia e dos
O massacre da polícia paulista na favela de Paraisópolis aciona de novo a pergunta que logo terá uma resposta: quem irá escapar quando o povo reagir ao fascismo da era bolsonarista?