Conversas noturnas

Ontem, encerrei cedo meu domingo. Sem luz, não havia o que fazer. Tentei ler um livro, mas não sei mais ler livro à luz de velas.
E fiquei meio chateafo com o relato de um amigo. Ele me telefonou e contou que, com o apagão, logo que terminuou a bateria dos celulares da casa, começou a conversar com a mulher e o filho adolescente.
Quando viram, estavam num debate político que não acontecia desde o golpe de agosto do ano passado.
O filho disse que iria votar em Marina Silva. Que Marina iria salvar o Brasil. A mãe saltou no pescoço do menino.
Quando ia esganar o filho, voltou a luz. Todos ficaram paralisados. Depois, cada um correu para o seu canto.
O filho foi para o quarto, a mulher foi ver o Fantástico, e o meu amigo ficou  entretido com o celular dele. Mas está muito abatido.

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