A AMEAÇA DE BOLSONARO

O caso dos hackers de Araraquara chega ao seu momento mais perigoso, depois da declaração de Bolsonaro de que Glenn Greenwald poderá “pegar uma cana”.
Queiroz e o mandante da morte de Marielle estão soltos, mas o jornalista do Intercept pode ir para a cadeia, não por divulgar os conluios da Lava-Jato, mas por ser, segundo Bolsonaro, casado com um homem e ter adotado duas crianças.
Preparem-se para a etapa da armação que tentará comprometer não só o jornalista, para que Sergio Moro e Dallagnol consigam se salvar. Tudo vazado de dentro da Polícia Federal para os amigos da Globo, como vem sendo feito todos os dias.
Está pronto o enquadramento dos estelionatários de Araraquara em formação de quadrilha. Depois disso, virão as pressões para delações. E depois todo mundo sabe o que pode acontecer.
Os presos da Lava-Jato sabem bem como isso funciona. Prisão preventiva interminável e insuportável, até a delação. Os que delataram (mesmo sem provas) estão soltos e desfrutando do sol de Angra, sem condenação e, claro, sem penas a cumprir. Quem não delatou não sai nunca mais da cadeia.
A tentativa da próxima etapa é a mais óbvia: tentar criar “provas” de que o hacker filiado ao PFL, armamentista e bolsonarista, foi pago por alguém para fazer o serviço.
É o que vem aí, com mais alguma coisa. Greenwald disse que Bolsonaro não pode ameaçá-lo porque ainda não estamos sob ditadura. Ainda não. Mas, diante do acovardamento geral, logo poderemos estar. Estamos a caminho.

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