A ARGENTINA AINDA ACERTA CONTAS

Os argentinos debateram nos últimos anos se um idoso que colaborou com a ditadura pode ser julgado e condenado.

A controvérsia tem como personagem o empresário Carlos Pedro Tadeo Blaquier (foto), de 94 anos, acusado por ajudar no sequestro de inimigos dos militares.

Esta semana o Tribunal Oral Federal decidiu que Blaquier não tem condições de ser ouvido e julgado, por ter problemas psíquicos e de de memória.

Mas outros idosos, esses servidores públicos, principalmente policiais, estão na fila à espera de julgamento.

Os argentinos não param. A estrutura de identificação de cúmplices da ditadura está em atividade permanente.

A base das acusações e das condenações é uma só: crimes de lesa humanidade, que são imprescritíveis em qualquer lugar, menos no Brasil.

Aqui, torturadores sempre escaparam, protegidos pela anistia, de serem julgados, como acontece em toda parte.

No Brasil, torturadores são elogiados. Na Argentina, no Chile e no Uruguai, eles são caçados até hoje pelo Ministério Público e pela Justiça.

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Olhem a cara de Simone Tebet, que sabe o que aconteceu com os outros dois. Bolsonaro foi usado em 2018 e descartado. João Doria, colega de partido, ainda está sob ameaça de ser golpeado. E chegou a hora do tucano tentar pegar carona de vice com Simone. E assim ele vai se chegando e se encostando, sempre em busca do ninho mais confortável no momento.

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O DIA DE TODAS AS PAGUS
Quando entrei na Zero, no final de 1988, já havia passado por nove redações. As mulheres eram raras em quase todas.
Na Zero, os homens ocupavam pelo menos dois terços da redação de quase 200 pessoas.

Quando saí, em 2016, as mulheres haviam tomado o comando do jornal impresso e online, o comando das editorias, da reportagem. Elas eram a maioria.

As maiores afirmações do jornalismo gaúcho nos últimos anos, com projeção nacional, são mulheres. Todas progressistas e com um trabalho marcado pela abnegação humanista.

Tente imaginar então como era a vida das mulheres jornalistas no tempo de Patrícia Galvão, a Pagu, jornalista, poeta, comunista, feminista, na primeira metade do século 20.

A memória de Pagu está no nome do DCE dos estudantes de jornalismo da UFPel.

Hoje é o dia delas, das Pagus. Não é o Dia do Jornalista, é muito mais o Dia da Jornalista.

E viva Maria Isabel Bela Hammes.

(Este texto foi publicado neste dia 7 de abril nos últimos anos e é republicado agora porque é o que eu pretendo continuar dizendo.)

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One thought on “A ARGENTINA AINDA ACERTA CONTAS

  1. Parabéns, Moisés, por estar inserido no grupo de profissionais que MERECEm homenagens neste dia!
    Infelizmente, o Brasil está cada vez mais carente de profissionais dignos de serem chamados de jornalistas!
    Você é uma dessas raridades!

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