A armadilha do PFL

É a semana da eleição da presidência da Câmara. Prepare-se para a repetição de arranjos e conchavos coerentes com o que aconteceu na famosa sessão de 17 de abril, quando o processo do golpe foi instaurado. Ou vem aí coisa bem pior.
Tudo por causa do novo centrão. Mas é estranho ler que a direita mais fisiológica da Casa, que vai decidir tudo, continua sendo chamada de centrão.
Se fossem mesmo acomodados ideologicamente ao centro, não seriam tão repulsivos. Mas não são ideológicos, nunca foram, são do velho direitão do vale-tudo.
Pois seria para fugir do poder desse centrão que surgiu um candidato da direita mais consistente. Com o apoio do PT.
É Rodrigo Maia, do PFL, ex-amigo de Cunha (agora todo mundo é ex-amigo do sujeito), um dos dos mais exaltados líderes do golpe.
Ainda há tempo de saltar fora da armadilha, ou a eleição na Câmara ficará para a história como o dia em que, com a desculpa de que deveria escapar da quadrilha do Eduardo Cunha, o PT votou com o que de pior sobrou do pefelismo.
Para escapar do algoz-chefe, o PT cairia no colo dos que fomentaram as ações de Eduardo Cunha contra Dilma, inclusive o PSDB. Menos de três meses depois da instauração do golpe.
E vão dizer o que para quem saiu às ruas (ou ainda pretende sair) contra o interino, Padilha, Moreira Franco, Serra e Geddel?

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Website Protected by Spam Master


1 + 7 =