A AUSÊNCIA DE GUEDES

Por que Paulo Guedes não estava entre os ministros que foram cantar a música da cloroquina na rampa do Palácio do Planalto?
Guedes ainda não decorou a letra?
Bolsonaro liderou uma elite ao se dirigir ao Planalto para animar a manifestação golpista.
Essa é a elite que o acompanhou na marcha ao encontro dos manifestantes: Onyx Lorenzoni, Augusto Heleno, Bento Albuquerque e Ernesto Araújo.
Agora sai o golpe.
(E os outros? Além de Guedes, por que não apareceram Damares, Salles e os militares?)

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A MÚSICA
Essa é a letra da música cantada hoje por um grupo de manifestantes num carro de som na Esplanada dos Ministérios, como saudação a Bolsonato e aos ministros que o acompanhavam:

Cloroquina, cloroquina / cloroquina lá do SUS / eu sei que tu / me curas / em nome de Jesus.

Jesus, coitado, já foi sequestrado há mais tempo. Mas o SUS poderia ficar de fora dessa loucura.

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NÃO AO GOLPE
É curto e direto o manifesto assinado por seis ex-ministros da Defesa com a advertência para que as Forças Armadas não participem de nenhuma tentativa de “quebra da legalidade democrática”.

A nota divulgada hoje tem as assinaturas de Aldo Rebelo, Celso Amorim, Jaques Wagner, José Viegas Filho, Nelson Jobim e Raul Jungmann.

“As Forças Armadas são instituições de Estado com importante papel na fundação da nacionalidade e no desenvolvimento do país. Sua missão indeclinável é a defesa da pátria e a garantia de nossa soberania. Merecidamente, desfrutam de amplo apoio e reconhecimento da sociedade brasileira.

Diante das imensas dificuldades decorrentes da crise imposta pela pandemia do coronavírus, cujos efeitos se alastram, de forma trágica, pelo Brasil, as Forças Armadas cumprem importante papel no enfrentamento das adversidades e na manutenção da unidade e do ânimo da população.

A democracia no Brasil, mais que uma escolha, conforma-se como um destino incontornável, que necessita da contribuição de todos para o seu aperfeiçoamento.

A Constituição estabelece no seu artigo 142 que as Forças Armadas “destinam-se à defesa da pátria, à garantia dos poderes constituídos e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”.

Não pairam dúvidas acerca do compromisso das Forças Armadas com os princípios democráticos ordenados pela Carta de 1988. A defesa deles tem sido, e continuará sendo, fundamento de sua atuação.

Assim, qualquer apelo e estímulo às instituições armadas para a quebra da legalidade democrática – oriundos de grupos desorientados – merecem a mais veemente condenação. Constituem afronta inaceitável ao papel constitucional da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, sob a coordenação do Ministério da Defesa.

É o que pensamos na condição de ex-ministros de Estado da Defesa que abaixo subscrevemos.

Aldo Rebelo, Celso Amorim, Jaques Wagner, José Viegas Filho, Nelson Jobim e Raul Jungmann.

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