A BALA ERA DE BORRACHA, DIZ A PM DE MINAS

Um policial militar gritou, deu ordens e apontou uma carabina para militantes do MST que faziam uma manifestação pró-Lula nesta quarta-feira em Juiz de Fora. É uma notícia que saiu nos cantinhos dos jornais.

O que vai acontecer com o policial? Será retirado das ruas, acomodado numa cadeira estofada em serviço burocrático, investigado, julgado e absolvido e depois voltará às ruas.

Na média, é o que acontece. Os PMs do Brasil todo estão se sentindo parte da polícia de Bolsonaro. Foi assim em outros países, como no Chile e na Bolívia, sob ditadura e sob democracia capenga.

Policiais militares são os primeiros a reagir à inspiração e às ordens de governos autoritários. Porque são eles os que exercem a tarefa da ação ostensiva e da imposição pela violência.

Há detalhes importantes nesse fato de Minas. O policial se posicionou diante de manifestantes de direita, como se esses merecessem proteção e os militantes do MST fossem os agressores.

Sempre foi assim. É regra, em situações semelhantes, que os grupos de direita e extrema direita sejam protegidos, como se a reação normal das PMs fosse a de oferecer arma e escudo a essa gente.

O outro detalhe também é assustador. A PM de Minas disse em nota que o policial usava uma carabina municiada com bala de borracha.

Como se a ameaça não fosse assim tão grave. Balas de borracha já cegaram muita gente no Brasil em episódios históricos e recentes.

No Chile, o uso desse tipo de bala está proibido desde o final de 2019, depois que mais de 400 jovens perderam pelo menos um dos olhos.

Foram atingidos por tiros disparados pelos Carabineiros, a polícia nacional fardada deles, uma PM federal violenta e incontrolável que também atua ostensivamente.

No Brasil, usam armas com balas de borracha como quem usa bodoques. E chegam a confessar, como se fosse consolo, que o pior seria se a arma fosse com bala de chumbo.

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UMA FORTUNA PARA GILMAR MENDES
Faz muito mal ler que o ministro Gilmar Mendes receberá R$ 310 mil do jornalista Rubens Valente e da editora Geração Editorial por causa do livro “Operação Banqueiro”, de 2014, sobre o banqueiro Daniel Dantas.

Mendes se sentiu ofendido por trechos do livro, que Valente assegura serem baseados em fatos verdadeiros.

É estranho que um ministro do Supremo tenha uma ação de sua autoria julgada em última instância pelo Supremo e consiga R$ 310 mil por danos morais. É muito dinheiro.

Alguma vez um cidadão comum, em busca de reparação, obteve na Justiça uma vitória que lhe assegurasse essa dinheirama?

Valente diz que nunca foi ouvido no processo e estranha que um caso em que foi absolvido em primeira instância tenha sido depois revertido no STJ e no Supremo.

Abaixo, a chave aleatória do pix, para quem quiser ajudar Valente a pagar essa fortuna.

Como é uma chave difícil, o melhor é fazer control C e control V:

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ANITTA E O GENOCIDA
Anitta, que é capa da Vogue Brasil
“Sou de centro-esquerda. O Estado tem um papel social crucial em um país desigual. Esforços em educação e saúde pública são essenciais. As pessoas devem viver e se expressar como quiserem, e empreender sem barreiras desnecessárias. Obviamente, eu não estou a fim de autoritarismo“.

O vizinho de Ronnie Lessa, em discurso em Maringá:
“Eu quero que todo cidadão de bem possua sua arma de fogo para resistir, se for o caso, à tentação de um ditador de plantão. O Brasil tem uma área que é cobiçada por muitos países que é a região Amazônica. E para vocês, família brasileira, a arma de fogo é uma defesa da mesma e é um reforço para as nossa Forças Armadas porque o povo de bem armado jamais será escravizado”.

3 thoughts on “A BALA ERA DE BORRACHA, DIZ A PM DE MINAS

  1. Chega a ser cômica e patética a corruptela do bordão usado pelo miliciano: “o povo de bem armado, jamais será escravizado”. O “povo de bem” significa os bolsominions, que agora pulam de classe e podem ser chamados de bolsobestas. O “armado” significa fortemente armado com o porte ou não de várias armas de calibre pesado. O “jamais será escravizado”, significa que eles escravizarão ou matarão outros. Mais cômico ainda é dizer que a arma é uma defesa para a familia brasileira e um reforço para as forças armadas – isto deve significar mais ou menos assim – comprem armas, quantas puderem e depois dêem de bom grado aos milicianos que te assaltam ou morram sem saber como carregar ou engatilhar a arma para imitar o mito máximo. As mílicias precisam das armas e gente de baixo intelecto é a maneira mais fácil de armar as mílicias.
    O novo presidente vai precisar fazer uma limpa cirúrgica no país, tirar de circulação quem é assim por interesse ou maldade e educar quem é assim por imbecilidade ou apatia.Esta gente que vai ciberneticamente às redes no caso da derrota do capetão, vai incomodar muito quem for governar.

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