A BARBÁRIE E O JORNALISMO

O jornalismo aprendeu, desde muito antes de Truman Capote, que um crime será contado pela metade se pouco ou nada se ficar sabendo do criminoso.
Por isso a missão do jornalismo agora é contar quem é, o que faz, por que andava armado Dionatha Bitencourt Vidaletti, assassino do pai, da mãe e do filho na zona sul de Porto Alegre.
Não são informações destinadas a questionamentos morais, tão presentes nessas horas. São para a compreensão da nossa realidade.
Já se sabe muito das vítimas e é preciso saber mais. Mas quem é o criminoso?
Quantos outros ‘cidadãos de bem’ andam armados e passam por nós todos os dias, sem que saibamos que circulam com pistolas na cintura em nome do ‘direito’ à legítima defesa incentivado pelo bolsonarismo?
Não há nenhum assunto mais importante hoje no Rio Grande do Sul do que a barbárie que acabou com uma família.
As redações devem abandonar por algum tempo o pacote enrolativo do gestor tucano e Renato e seus amigos recrutados para o Grêmio e todas as notícias irrelevantes e fazer o que o jornalismo sempre fez em momentos como esse.
Façam mutirões que possam nos oferecer respostas. Ouvir o delegado é essencial, mas é o óbvio. O jornalismo só irá sobreviver se não ficar falando apenas pela boca das autoridades.

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