A CONVERSINHA DO VOTO IMPRESSO

Tem muita gente boa dando corda para a ideia de Bolsonaro em defesa da adoção do voto impresso. Os argumentos são ingênuos, quase colegiais.

O primeiro é este: se o voto impresso for adotado, tira-se de Bolsonaro o principal pretexto para um golpe, caso ele venha a ser derrotado, como será.

Outro argumento defende que o voto impresso pode ser adotado porque tecnicamente é viável e até razoável sob todos os pontos de vista, inclusive de custos.

São dois argumentos simplistas demais. Há um custo, um só, que o país não pode pagar. É o de se submeter às vontades e às ordens de Bolsonaro.

Um sujeito que o mundo passou a classificar como genocida, que sabotou o combate à pandemia, que mobilizou seus amigos para que ganhem dinheiro com vacinas e cloroquina e que conspira contra a ciência e a democracia todos os dias não pode impor nada a ninguém.

Não é a questão ‘técnica’ o que deve prevalecer em relação ao que o sujeito defende e ao projeto que o Congresso está examinando com a proposta de adoção do voto impresso como complemento ao voto eletrônico. É a questão política, estúpido.

Aceitar a tentativa de imposição de Bolsonaro, diante de uma maioria que não concorda com ele, é aceitar que o voto eletrônico pode estar sob suspeita. É negar a contribuição da urna eletrônica para a democracia.

Não sejamos tão incautos a ponto de relacionar uma série de argumentos para acabar concordando com Bolsonaro e a extrema direita e trazer de volta, com romantismo, uma batalha de Brizola. São outros tempos.

Acenar apoio à ideia do voto impresso, só para parecer mais democrata do que a média, é fazer o jogo dos que pretendem esculhambar com a eleição.

O que pode acontecer com o voto impresso é a potencialização dos argumentos pelo golpe. Bolsonaro perde a eleição e usa o próprio voto impresso para inventar fraudes, como Trump tentou fazer.

Mas tem muita gente esperta achando que o voto impresso tira finalmente o golpe da pauta de Bolsonaro de dos militares.

Talvez o sujeito nem queira um golpe, mas um grande tumulto que desvie as atenções e livre a família e o entorno que está no poder das sequelas de uma derrota.

2 thoughts on “A CONVERSINHA DO VOTO IMPRESSO

  1. Ja li argum fraco sobre nao querer o voto impresso. Mas o seu venceu? Entao seu grande aRgumento é que o importa é contrariar o bozo.O FATO DO TSE SER NADA CONFIÁVEL E A URNA SER VULNERÁVEL NÃO IMPORTA. Voce inverte o fato da presEnca da impressao. Como se o vOto impresso que fica na urna fosse o fator de fraude quAndo ele é exatam o contRario. E cita TRUMP, QUE NAO TEM NENHUMA SIMILARIDADE COM O CASO. Se fosse um eleitor qualquer eu Nem levaria em coNta. Mas o senhor, OU ESTÁ LEVANDO ALGO OU FAZ PARTE DO TEATRO . CrIE VERGONHA. NEM TOFO LEITOR É IMBECIL

  2. universidades públicas, SUS e o sistema de urnas eletrônicas são instituições que conferem seriedade e credibilidade ao país. Estão prestando um grande serviço à democracia. Mais do que duvidar das instituições que dão certo, @s OPORTUNISTAS de plantão deveriam exigir deste desgoverno mais empregos, maior auxílio emergencial e mais vacinas para tirar o país deste atoleiro infame.

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