A estranha aparição do grão-duque

Lula seria ouvido por Sergio Moro na quarta-feira, dia 3. O depoimento foi adiado porque era preciso reforçar a segurança em Curitiba.

Estava programado há muito tempo, mas de repente a Polícia Federal teria se dado conta de que a segurança estava insegura…

O depoimento foi então remarcado para o dia 10. E aí, cinco dias antes, aparece de repente, saído do nada, Renato Duque, ex-diretor da Petrobras, e se oferece para dizer a Sergio Moro que Lula sabia de tudo sobre as propinas.

E as provas? Duque não tem provas. Mas tem dois anos e dois meses de prisão preventiva na masmorra de Curitiba e a expectativa de uma pena que o condenaria a morrer até cinco vezes na cadeia. Se delatar Lula, poderá sobreviver.

Duque não precisa delatar Vaccari, Palocci, Mantega, João Santana, José Dirceu e as almas dos petistas mortos. Precisa delatar Lula. Sem provas. Apenas sob a proteção da nova teoria das convicções.

E ninguém havia entendido direito por que o depoimento de Lula foi transferido do dia 3 para o dia 10. Havia um grão-duque na manga.

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