Pegaram o homem do pato

Depois do caixa dois de José Serra (é caixa dois, não é propina), chega-se agora ao caixa dois de Paulo Skaf. São duas as fontes da informação de que o empresário e candidato do PMDB ao governo de São Paulo em 2014 recebeu dinheiro por fora.

Executivos delatores da Odebrecht teriam informado a doação, e agora o marqueteiro Duda Mendonça, sabendo que os dedos-duros da empreiteira haviam feito o serviço, decidiu ratificar a mutreta. Porque ele tem envolvimento.

Seriam R$ 4,1 milhões, sem registro, que a empresa deu a Skaf, para que este quitasse dívidas com Mendonça.

Por que o caso de Skaf é diferente do caso do José Serra? Porque os tucanos estão a todo momento sendo delatados, mesmo que não aconteça nada com Serra, com Aécio ou com Alckmin. Eles recebem doações, não recebem propinas. E são doações desinteressadas, por amor à social-democracia à brasileira.

E Skaf é diferente porque é o todo-poderoso presidente da Fiesp, o homem que, a cada frase, compõe uma longa oração sobre normas éticas e condutas empresariais ilibadas. Ele é o homem do pato amarelo seguido pelos que protestavam por moral e decência na Avenida Paulista.

Palocci está preso como operador-chefe de um esquema de recebimento de propinas do PT. Quem fazia isso para Serra e para Skaf? Os tesoureiros do PT foram parar na cadeia. Quem são os tesoureiros desses dois?

Polícia Federal, Ministério Público e Judiciário sabem tudo. Vamos esperar que alguém seja preso. Vai sobrar, claro, para pés-de- chinelo.

 

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